terça-feira, 28 de julho de 2009

Quase nada

Bit de móbile descarregado
A Mastigar nacos de solidão inverossímil

terça-feira, 21 de julho de 2009

Final de férias...



"Foi quando aproximou-se sua outra metade neste mundo [...]
Que foi que se disseram? Não se sabe. Sabe-se apenas que se comunicaram rapidamente, pois não havia tempo. Sabe-se também que sem falar eles se pediam. Pediam-se, com urgência, com encabulamento, surpreendidos. [...]
Mais um instante e o suspenso sonho se quebraria, cedendo talvez à gravidade com que se pediam.[...]
O basset ruivo afinal despregou-se da menina e saiu sonâmbulo. Ela ficou espantada, com o acontecimento nas mãos, numa mudez que nem pai nem mãe compreendiam."

(Tentação - Clarice L.)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Reminding childhood

Chorar pelo que poderia ter sido e não foi.

“…e essa falta cresce à cada dia, de forma avassaladora…
quando enfim penso que estou me acostumando, que estou te esquecendo,
você ressurge de forma inesperada ocupando todos os espaços, transbordando de
dentro de mim... e é nessa inconstante loucura que vivo sem te ter.” Caio F.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Alta tensão

Conciso:
Esperados no Notebook
Aparecem seres
Equilibrados em fios de energia

Estendido:
Libertos, voantes, Hitchcock
Espelhados no Notebook
Enquadrados momentaneamente
aparecem seres
Equilibrados em fios de energia

Stars open among the lilies (*)

(*)Um post açucarado

No dia em que Michael Jackson partiu eu estava lançando notas de alunos na internet. Uma aluna veio, comunicou. Não entendi. Minimizei a janela e fui ao Google. Sim, aconteceu. Ele se foi e uma lâmpada oscilou sobre nossas cabeças. Foi assim. Mobilizado, me surpreendi com minha comoção, um sentimento inesperado. Um fim. Michel morreria. Isso nunca passou pela minha cabeça. (suspiro profundo). Agora não é o dia em que ele morreu. Na TV tributam sobre seu velório. Após mais de uma semana de “redescobertas”. Eu não pensava que Michael Jackson morreria. Eu tinha esquecido. Não, eu nem cogitava. Deuses morrem? E essa sensação que vazio. Já dizia Tolstoi que quando choramos a morte de alguém também choramos a nossa própria.
Uma referência. Tão discreta que só agora percebo a referência na minha vida.
Desde as aterrorizantes manhãs de sábado quando acordava apavorado com triller rodando no toca-discos. Choro. Medo. Escondido o LP. Mas nunca quebrado. Domingo à noite novo clipe de Michael egípcio. Shows no Brasil, atropelando um garoto. Mas as lembranças mais “conscientes” de Michael em mim são, além de Triller, o lançamento de Screan, quando a MTV começou a passar em canal aberto em Fortaleza. Uma vídeobiografia não autorizada e traços em comum me aproximaram da estrela dos Jackson Five. Depois descida da colina. Escândalos.
Sua volta nesta fase atual da minha vida se deu quando ouvi na casa de Ailson, agora já jovem adulto, “off the wall” que espetáculo. I wanna rock with u all night” etc.
Meu último acesso, antes deste momento fatídico, encontro Jackson Five cantando no programa “Sonny and Cher”: “Looking trhought the window to your heart” and “Ben”.

No dia em que Michel morreu eu também estava comendo em uma churrascaria de beira de estrada. Caminhoneiros, passageiros, garçons parados. Perplexos acompanhando noticiários. “we’ve been togeter”. Biografias, de Globo news à Luciana Jiménez. Incessantes. Em pleno agreste nordestino meninos engraxates esboçam moonwalk.
Na TV Steve Wonder diz que nunca pensou viver para cantar este momento.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ôôôôôôô ê boi! ê bus! Com o pensamento lá

Comprei finalment Senhas da "deusa linda e distante". Literalmente (sem exagero. Fazia tempo que um texto não me pegava de jeito) paralisado com "O nome da cidade" do Caetano. O cd todo (primeira vez que, digamos, me dissolvo nele) é muito bom.

"Ruas voando sobre ruas
Letras demais, tudo mentindo
O Redentor, que horror! Que lindo!
Meninos maus, mulheres nuas

[...]

A gente chega sem chegar
Não há meada, é só o fio"

domingo, 28 de junho de 2009

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Eternos ou imortais?

Morre Elvis
Morre Lenon
Morre Michael
Diamonds are forever

sexta-feira, 19 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Surto IV: Alta tensão (parte I)


Diálogos trucados
Metrôs em Paris
olhos tegiversando direções opostas
Formas e formações diversas
Soluços de comunicação
Silêncios

Surto III: Tensões de pesquisaDORES


(PesquisaDORES: o do meio, Eduardo Jorge, o tradutor)

Leio a tradução do dicionário Crítico da Revista “Documents I” de George Bataille feita pelo meu recém conhecido e conterrâneo Eduardo Jorge (Mestrando em Teoria da Literatura pela UFMG). O texto é coisa fina. Abre-se com a afirmação de Foucault:
“Gerorg Bataille é um dos escritores mais importantes do século XX”. Já na introdução dos verbetes as frases cumprem funcionalmente as suas pretensões: desestabilizar. “desestabilizar o real da própria idéia de desfiguração do humano é afetar o real e a imagem de um só golpe” ou “As palavras assim como a poeira, ainda possuem maneiras de abalar a linguagem – a palavra ainda assombra”.
Impossível não lembrar de Fante “Ask the dust”, das metáforas e fico pensando na minha paixão pela palavra e ao mesmo tempo na afirmação de Stuart Hall de que é necessário sair do campo asséptico da linguagem e ver que há algo de sujo mais embaixo, na realidade.
Sujar as mãos com a realidade. Já dizia Hannah Arendt ao criticar Heidegger e sua omissão diante do fenômeno do Nazismo: um intelectual não pode ficar preso no “puro pensar”. A linguagem pela linguagem.

Corro o risco e me delicio nos verbetes de Bataille:
Boca: “o aspecto magistral da fisionomia boca fechada, bela como um cofre-forte” ou Esteta: “Existe um prazer cínico em observar as palavras que levam consigo algo que é nosso até o lixo”.

Bataille parecia estar ciente da necessidade que ele mesmo chama de “perigos da ação”

Ação!

Surto II: Uma piada e dois deuses



Stanley Kubrick morreu há dez anos e alguns meses. E como esse blog não é (quase) nada mais que uma tremenda ego-trip tento me lembrar de onde eu estava naquele momento. Eu com 16 anos, no ensino médio. Sabia pouco de Kubrick. Quando criança havia assistido vagamente o início clássico de “2001” numa virada de ano. Depois cenas de “Eyes wide shut” numa beira de estrada á caminho de Salvador e “Laranja mecânica” numa aula de ética já na faculdade. Mas foi finalmente “O iluminado” que me levou espontaneamente à locadora, isso muito recentemente: 2005. Desde então o cineasta que ão gostava de tomar banho povoa aquele limbo gostoso onde colocamos Aquiles que chamamos, meio pretensiosamente de “referência”. Então para encerrar este post sem/com sentido, transcrevo uma piada dita pelo protagonista de “Nascido para matar” ao próprio diretor pouco antes de sua partida:

“Stanley Kubrick morreu [no dia 9 de março de 1999] e foi para o céu. Semanas depois Steven Spielberg também morreu e também foi para o céu. Spielberg foi recebido ao portão por São Pedro, que lhe disse:
‘Deus gostou pra burro de vários de seus filmes e quer que você fique à vontade aqui. Se precisar de alguma coisa é só falar comigo. Estou às ordens.’
Spielberg nem hesitou:
‘Escute São Pedro. Stanley Kubrick morreu outro dia e sei que veio para cá. Gostaria muito de ser apresentado a ele. O senhor pode providenciar um encontro?’
São Pedro cofiou sua barba de mais de dois mil anos:
‘Poxa Steven, isso é um abacaxi. Com tanta coisa para pedir, é logo isso que você quer? Você sabe que Stanley não gosta de conhecer ninguém e...”
Spielberg não desanimou:
‘Mas o senhor não disse que está às ordens?’
São Pedro:
‘Disse. Mas não consigo fazer milagres. Qualquer coisa, menos isso!’
E saiu param mostrar o céu à Steven Spielberg.
Entre as nuvens Spielberg viu um sujeito descabelado e barbudo, usando uma jaqueta surrada do Exército e pedalando uma bicicleta. Spielberg gritou para São Pedro :
‘Oh, meu Deus! Olha lá, é o Kubrick. Vamos lá falar com ele!’
Mas o santo conteve o sôfrego Spielberg pelo braço e explicou:
‘Aquele não é Kubrick, meu filho – É Deus ele pensa que é Stanley Kubrick.’
Piada retirada do livro "Um filme é para sempre" de Ruy Castro.

Surto I: Doutores de Spinoza



“Spinoza diz que tudo o que existe são encontros e a capacidade de você afetar e ser afetado por esses encontros. Se esses encontros aumentam a minha potência de ação eu experimento a alegria. Se ao contrário eles diminuem a minha potência de ação eu experimento a tristeza. Então para esse autor, como para o Nietzsche, depois, posteriormente todos os sentimentos como a piedade, a caridade, as relações onde eu preciso submeter outra pessoa a alguma coisa são sentimentos ligados às paixões triste. A alegria ao contrário seria esse trabalho da potência de ação. E o que os doutores da alegria fazem na minha opinião é isso, eles são capazes de promover o que Spinoza chama de “boas misturas”. Que é trabalhar esse encontro respeitando a essência do outro e aumentando essa potência” Morgana Masetti Mestre em Psicologia e coordenadora do Centro de Estudos do Doutores da Alegria.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Soltos...


Mergulhando no fundo de um instante sem limites com Ana Cristina César

segunda-feira, 8 de junho de 2009

BEAGÁ pra mim

Farra Literária, sucesso na Compós, overdose de arte contemporânea, bares, bares, bares: em BH é assim.

Tijolos breves

Manhã de sábado
Uns versos de Sylvia sondam o silêncio
Estrangeiro, olho além da janela
Uma casa em construção: operários
Volto-me: outra
Procuro indícios que afirmam minha presença
Identidade?
Aquilo que chamam de

À minha frente Virginia não me olha nos olhos
Dirk Digler cruza a porta
Enquanto Woody Allen levanta as mãos
Na parede o Narciso de Caravaggio perdoa nossa paz
Mas é de Kubrick que recebo uma mão estendida
Ela aponta os primeiros beijados de Maurício
Uma pedra à mão, uma citação de Celan.

Volto à janela
Os operários permanecem em construção
São tijolos breves

segunda-feira, 25 de maio de 2009

sábado, 23 de maio de 2009

Políticas culturais na França - entre democratização e democracia cultural.

"Patrimônio é uma construção política e antes de tudo uma mobilização cultural"
Palestra do Professor Alain Chénevez - Professor na Université Lumière Lyon 2 e Diretor do Museu Urbano Tony Garnier (Lyon/França).

Atividade do Cult.com (Grupo de estudos e pesquisas em Políticas de Comunicação e Cultura)em Fortaleza.

Voo rápido para reencontrar caros colegas do Grupo.

O overmundo mudou...



..e agora todos os textos submetidos são publicados.

Então aqui estão (também)os meus 8 (incluídos os aprovados antes das mudanças):

http://www.overmundo.com.br/perfis/colaboracoes_publicadas.php?autor=22963

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Do que ando lendo, relendo e pretendendo ver.

"Dois dias em Paris"
Volto pra copmentar... por enquanto posto comentários dos outros;

"Em seu segundo longa-metragem como diretora, a atriz parisiense Julie Delpy honra uma longeva tradição do cinema francês, a de discutir relações amorosas enquanto flana-se pelas ruas da Cidade Luz. 2 Dias em Paris (2 Days in Paris, 2007) está, porém, condenado a ser comparado com dois filmes hollywoodianos similares a 2 Dias em Paris e que marcaram Delpy: Antes do Amanhecer (1995) e Antes do Pôr-do-Sol (2004)" - Marcelo Hessel

Lendo uma Biografia do Gramsci; (adorando)
E comprei histórias da cidade do MAupim, mas esse dica pra depois...

Há... comprei o Hamlet de Zefirelli e Rainha MArgot com a Bel+issimas Adjane.
MAs volto pra comentar. Eu juro.
Vc Acredita?

domingo, 17 de maio de 2009

Diamantes e filmes são (um prazer) para sempre.


No dia em que Igmar Bergman morreu o mundo ficou um pouco mais sombrio. Naquela mesma noite Arnaldo Jabor, em sua crônica do jornal da Globo, diria uma verdade contundente: Bergman era de um tempo em que filmes modificavam vidas, definiam rumos políticos, desencadeavam revoluções. Ver filme era essencial. E transformava. Seguindo a mesma linha, Bernardo Bertolucci disse certa vez que as discussões sobre cinema feitas pela geração de 68 apenas se igualaria hoje, em intensidade, ao que ocorre com o futebol.
Mas existem sobreviventes que nos inspiram a não aceitar esta afirmação como um todo. E é disso que Ruy Casto fala em seu livro mais recente: “um filme é para sempre” (Companhia das Letras, R$ 57,00).
Há algum tempo flerto Ruy Castro. Descobri-lo assim tão leve e denso numa tarde atribulada de sábado, foi um prazer para sempre. Folheei, li, reli, acelerei a leitura, e quando olhei o relógio, estava três horas atrasado para um compromisso. Levei-o comigo.
Mas falemos primeiramente do título, obviamente você já percebeu que é um livro sobre cinema. Contudo sua organizadora, Heloisa Seixas, logo adverte que não se trata de um manual, nem muito menos um ranking dos “best pictures”. Nele encontramos uma coletânea de artigos publicados em diversos meios da imprensa brasileira entre os anos de 1975 e 2006. E talvez esteja aí a singularidade desta obra que poderia ser um amontoado disperso de textos. Ruy fala de forma proximal e correta de filmes, diretores, estrelas. Ao aproveitar, por exemplo, o relançamento de diversas películas em DVD ele mostra seu vasto e desempolado conhecimento sobre a sétima arte. Outra ponto fundamental: o biógrafo de Nelson Rodrigues acaba falando, obviamente e com muita propriedade, de sua/nossa época, os backgrounds, os momentos em que os filmes continuam com a gente depois da sala escura. È o que ocorre em um dos artigos sobre Woody Allen quando do lançamento de sua “Poderosa Afrodite” em 1996. Neste momento Castro comenta a paralisia cerebral que rondou e se instaurou no Brasil com a bundalização estética (?) e a privatização política. E com certeza você se lembra disso, ou até queira esquecer. Sobre aqueles sombrios dias nosso cronista crava cintilantemente esta certeza universal/local, passada/presente:

“Os problemas de seus personagens [de Woody Allen] são os nossos problemas, seu mundo é nosso mundo, e que bom que a minoria de que fazemos parte – a dos adultos, não importa a idade – o tenha como porta voz. E que bom também que, ao sair de casa para ver um de seus filmes, possamos levar conosco uma velha amiga que tem cada vez mais horror a ir ao cinema: a cabeça.”

Dito assim deslocadamente, soa presunçoso, mas não se engane, é só olharmos a data em que foi escrito e nos lembraremos que aquela era a época em que Carla Perez esfregava seu útero e adjacências em nossas tardes de domingos e em qualquer outro horário ou dia. Ponto, novo parágrafo, urgente.

Ruy Castro fala com propriedade e não somente sobre estes tempos. Há Bette Davis, Kubrick et voilá , muito do cinema norte-americano. Aqui Hollywood é analisada sem distanciamento, como as lembranças de um Salvatore em “Cinema Paradiso”, mas sem cair na nostalgia acrítica.

“Um filme é para sempre” é um livro gestado em mais de três décadas de redações jornalísticas. Mas nem por isso datado ou menos rigoroso. Esse tipo de rigor em momento algum pode ser confundido com rigidez, mas sim com paixão por aquilo e aqueles que são imortais e que de uma forma ou de outra, mudaram nossas vidas. Aliás, seu título fala muito disso. “Um filme é para sempre” obviamente diz respeito à clássica frase “Diamonds are forever”, mas poderíamos associá-lo também e com igual justeza, a um dos mais famosos versos em língua inglesa. Aquele de John Keats, poeta britânico que viveu breves 26 anos, menos o que tempo de gestação desta obra: “A thing of beauty is a joy forever”. Entre elas estão este belo livro.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Primeiros passos


Manhã de quarta-feira, dia banal
Janela e luz do sol desenham na parede linhas descontínuas
Yin
que, com o passar das horas,
Vão vagando o piso calcinado do infante dia
Hora de vestir amarelo e manter a postura.
Sobre a montanha imóvel há
um céu que anuncia.

Fragmentos

Manhã de quarta-feira, dia banal
janela e luz do sol desenham na parede linhas descontínuas
Yin
Com o passar das horas,
Vão vagando o piso calcinado do infante dia
Hora de vestir amarelo e manter a postura.
Sobre a montanha imóvel há
um céu que anuncia

sábado, 2 de maio de 2009

Tributo a Brad Daves


Alan Parker 70's
Em fortal
Cine Clube with friends.

O expresso da meia noite

Em Fortal
Cine Clube.
Alan Parker with firends

terça-feira, 21 de abril de 2009

Sob o sol de Juazeiro



Quer saber de mim: leia o ano de 1979 em "laços de Sangue" assista "sob o sol de toscana" e reveja "oO sorriso d Mona Lisa". Dê os devidos descontos. Esta está sendo m life.

No I CHING>: Chung Fu.

A sinceridade Profunda...

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Avental todo sujo dúvidas

Noi time no time.

Passando só pra registrar:

NesteFDS vi
"Dúvida":



A típica(e muito bem adaptada) peçade teatro de "acontece" na telona.

Dáaimpressão queo dramaturgo (e roteirista) leu Machado de Assis no melhor estilo O alienista + Dom Casmurro.

Meryl Streep Maravilhosa e um final de palco.Vale a pena.Me lembrou demais Peyton Place.

Fuiassistir tbaversão Caririence de "Avental todo sujo de Ovo" masesteassunto fica pra um próximo post.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Esquadros...


Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você?
Eu acordei
Não tem ninguém ao lado...

Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela, pela janela
Quem é ela? Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Flertando com o INCOGNICIVEL...


...me ininciando no I CHING.

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

2009, Bloody 2009.




Diante dar dor dos outros :

“NOSSA SOLIDARIEDADE PROCLAMA NOSSA INOCÊNCIA, ASSIM COMO PROCLAMA NOSSA IMPOTÊNCIA” (SONTAG, 2003, P. 86).

Não.

2008 se inicia Vermelho.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Madrugadas com Audrey...


Comprei por esses dias “My Fear Lady” e como nada é por acaso, comprei junto de “Cantando na Chuva” ambos amplamente citados naquele filmezinho cheio de erros mas lindo chamado”A razão do meu afeto”. Quando o vi (a razão...) Já havia assistido “Singing in the rain” (na verdade este foi mais um dos musicais da Metro visto durante infância insone e povoada de Corujões. Colonizado!) e já sabia quem era Audrey Hepburn (tinha visto Breakfeast at Tiffanis.. obviamente depois de assistir Capote. Mas este post tá ficando muito disperso). Também não fazia idéia de quem vinha a ser Bernard Shaw. Enfim, agora, como já me deliciei rememorando Make then laught... Good morning... Life was a song... I’m singing in the rain... gotta dance! E ainda não vi meu “My fair Lady” posto textos do moço que fragmentadamente me apresentou à bonequinha de luxo...

“apago a luz, entro no quarto, cubro a xícara de leite quente com o cinzeiro para não esfriar, tiro a roupa, ligo a televisão, procurando um filme com Audrey Hepburn, que saudade de Audrey Hepburn, sacudo os lençóis, desligo a televisão, Audrey nenhuma, peruas platinadas, dúzias delas, então deito, bebo devagar o leite pensando em escrever para minha mãe, em mudar de vida, de emprego, de cidade, de país” – da novela: Pela Noite

“então liguei a TV e só então fiquei sabendo que Vargas Llosa estava fazendo anos, em Porto Alegre, mas esperei paciente só para ver um pouco a Audrey Hepburn em Funny Face, aquele visual fantástico de Richard Avedon, mas só depois de atravessar todos os crimes e o aumento dos juros dos importados foi que o filme começou e para meu espanto lembrei da letra quase toda de Thinkpink, futilidade é o que mais salva a gente, gente, às três da manhã desisti do filme e de repente pensei em Hilda Hilst sozinha na fazenda” – da crônica: “NO DIA EM QUE VARGAS LLOSA FEZ 59 ANOS”

(InfÂMIA)“Até um dia em que Saul chegou atrasado e respondendo a um vago que-que-houve contou que tinha ficado até tarde assistindo a um velho filme na televisão. Por educção, ou cumprindo um ritual, ou apenas para que o outro não se sentisse mal chegando quase às onze, apressado, barba por fazer, Raul deteve os dedos sobre o teclado da máquina e perguntou: que filme? Infâmia. Saul contou baixo, Audrey Hepburn, Shirley MacLaine, um filme muito antigo, ninguém conhece. Raul olhou-o devagar, e mais atento, como ninguém conhece? Eu conheço e gosto muito, não é aquela história das duas professoras que. Abalado, convidou Saul para um café, e no que restava daquela manhã muito fria de junho, o prédio feio, mais di que nunca parecendo uma prisão ou clínica psiquiátrica, falaram sem parar sobre o filme” – do conto: “aqueles dois”.

(My fair LAdy)
“ontem fui estendendo e estendendo e estendendo a noite, acabei dormindo quase às quatro, depois de asistir May fair Lady, na verdade só pra ver Audrey Hepburn (azul, azul, era uma mulher inteiramente azul de água clara com pedrinha no fundo) [...] Antes de dormir, anotei no diário em letras bem grandes, SAUDADES DE AUDREY HEPBURN” – Carta à Jaqueline Cantore São Paulo, 24 de junho de 1981

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Maysa por Caio Fernando Abreu



Na Ficção:
“todos acham que eu falo demais, e que ando bebendo demais, cantarolou, a voz grave, e outro flash-back, uma madrugada qualquer, cuba-libre e Maysa, que eu não largo o cigarro, tá todo riscado, então não interessa, ele afetou um ar de desprezo, logo a melhor faixa” – Aconteceu na praça XV.

Na crítica Musical:

"Há quem diga que Angela Ro Ro não existiria sem Maysa. Pode ser. Dos olhos verdes abissais à voz rouca que lhe emprestou o sobrenome artístico, esta Angela ( que como outra grande cantora, também é Maria) guarda em comum com Maysa o gosto pela densidade, pelos climas noturnos, por aquilo que na longa e nobre linhagem das cantoras-compositoras brasileiras convencionou-se chamar "dor-de-cotovelo".

Minhas notas esparssíssimas sobre a minissérie:

*Abertura brega camp
*Laura Brown – cena do carro no Hotel
*Fluxo de consciência constante problema
*Piaf – interpretações cantando
*Dulce Veiga – querer outra coisa
*Atriz Threesome

*Que não largo o cigarro

*Inverossímil apresentando alguns fatos e pessoas como Ricardo Corte Real – o locutor, separação de bens.

*Érica

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

2009...


“Feito um cão solto
Súbito o sol
Salta janela
Adentro do quarto
... Como a cidade
Lá fora, fera,
Na alva coleira
Do novo dia”

Adriano Espínola