quarta-feira, 8 de julho de 2009

Stars open among the lilies (*)

(*)Um post açucarado

No dia em que Michael Jackson partiu eu estava lançando notas de alunos na internet. Uma aluna veio, comunicou. Não entendi. Minimizei a janela e fui ao Google. Sim, aconteceu. Ele se foi e uma lâmpada oscilou sobre nossas cabeças. Foi assim. Mobilizado, me surpreendi com minha comoção, um sentimento inesperado. Um fim. Michel morreria. Isso nunca passou pela minha cabeça. (suspiro profundo). Agora não é o dia em que ele morreu. Na TV tributam sobre seu velório. Após mais de uma semana de “redescobertas”. Eu não pensava que Michael Jackson morreria. Eu tinha esquecido. Não, eu nem cogitava. Deuses morrem? E essa sensação que vazio. Já dizia Tolstoi que quando choramos a morte de alguém também choramos a nossa própria.
Uma referência. Tão discreta que só agora percebo a referência na minha vida.
Desde as aterrorizantes manhãs de sábado quando acordava apavorado com triller rodando no toca-discos. Choro. Medo. Escondido o LP. Mas nunca quebrado. Domingo à noite novo clipe de Michael egípcio. Shows no Brasil, atropelando um garoto. Mas as lembranças mais “conscientes” de Michael em mim são, além de Triller, o lançamento de Screan, quando a MTV começou a passar em canal aberto em Fortaleza. Uma vídeobiografia não autorizada e traços em comum me aproximaram da estrela dos Jackson Five. Depois descida da colina. Escândalos.
Sua volta nesta fase atual da minha vida se deu quando ouvi na casa de Ailson, agora já jovem adulto, “off the wall” que espetáculo. I wanna rock with u all night” etc.
Meu último acesso, antes deste momento fatídico, encontro Jackson Five cantando no programa “Sonny and Cher”: “Looking trhought the window to your heart” and “Ben”.

No dia em que Michel morreu eu também estava comendo em uma churrascaria de beira de estrada. Caminhoneiros, passageiros, garçons parados. Perplexos acompanhando noticiários. “we’ve been togeter”. Biografias, de Globo news à Luciana Jiménez. Incessantes. Em pleno agreste nordestino meninos engraxates esboçam moonwalk.
Na TV Steve Wonder diz que nunca pensou viver para cantar este momento.