
Comprei por esses dias “My Fear Lady” e como nada é por acaso, comprei junto de “Cantando na Chuva” ambos amplamente citados naquele filmezinho cheio de erros mas lindo chamado”A razão do meu afeto”. Quando o vi (a razão...) Já havia assistido “Singing in the rain” (na verdade este foi mais um dos musicais da Metro visto durante infância insone e povoada de Corujões. Colonizado!) e já sabia quem era Audrey Hepburn (tinha visto Breakfeast at Tiffanis.. obviamente depois de assistir Capote. Mas este post tá ficando muito disperso). Também não fazia idéia de quem vinha a ser Bernard Shaw. Enfim, agora, como já me deliciei rememorando Make then laught... Good morning... Life was a song... I’m singing in the rain... gotta dance! E ainda não vi meu “My fair Lady” posto textos do moço que fragmentadamente me apresentou à bonequinha de luxo...
“apago a luz, entro no quarto, cubro a xícara de leite quente com o cinzeiro para não esfriar, tiro a roupa, ligo a televisão, procurando um filme com Audrey Hepburn, que saudade de Audrey Hepburn, sacudo os lençóis, desligo a televisão, Audrey nenhuma, peruas platinadas, dúzias delas, então deito, bebo devagar o leite pensando em escrever para minha mãe, em mudar de vida, de emprego, de cidade, de país” – da novela: Pela Noite



“ontem fui estendendo e estendendo e estendendo a noite, acabei dormindo quase às quatro, depois de asistir May fair Lady, na verdade só pra ver Audrey Hepburn (azul, azul, era uma mulher inteiramente azul de água clara com pedrinha no fundo) [...] Antes de dormir, anotei no diário em letras bem grandes, SAUDADES DE AUDREY HEPBURN” – Carta à Jaqueline Cantore São Paulo, 24 de junho de 1981