terça-feira, 29 de junho de 2010

De olhos bem abertos

Fui assistir semana passa “pecados da carne”(2009). Como dá pra ver, esses filmes costumam ter os títulos apelativo-idiotas no português para chamar público; em inglês: Eyes wide open”
O filme não empolga muito. Demora um pouco a engatar. Se é que engata. E acaba valendo por ser uma peça de ficção bacana que aborda a temática homoafetiva dentro de uma judia ortodoxa em Israel.

Enquanto assistia o pensamento mais relevante que tive nem foi em relação à intolerância do “queer” mas sim o quanto a obra Freudiana “Mal estar na civilização” ainda nos tem a dizer qdo o assunto é a díade irreconciliável: Segurança ou liberdade?

Ansiamos pelos dois mas, uma é a condição da ausência do outra.

O sociólogo polonês Zygmunt Bauman captou isso muito bem [embora eu ache a escrita dele muito jornalística] e fez fortuna. Em especial com os livros “Amor líquido” e “Comunidade”. Neste último ele aborda como os agrupamentos humanos são desejados e protetores. Contudo a condição de permanência sob a proteção deles é abdicar da liberdade. Entra-se ai no nível do “dar satisfação” ou, se quisermos radicalizar na intelectualização, no nível da “performatividade”social [Vide Butler e Yúdice] ou da internalização de um habitus como ta bem demonstrou Pierre Bourdieu.

Nese contexto o final é bem previsível. Mas não vou dizer aqui.