O filme não empolga muito. Demora um pouco a engatar. Se é que engata. E acaba valendo por ser uma peça de ficção bacana que aborda a temática homoafetiva dentro de uma judia ortodoxa em Israel.
Ansiamos pelos dois mas, uma é a condição da ausência do outra.
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman captou isso muito bem [embora eu ache a escrita dele muito jornalística] e fez fortuna. Em especial com os livros “Amor líquido” e “Comunidade”. Neste último ele aborda como os agrupamentos humanos são desejados e protetores. Contudo a condição de permanência sob a proteção deles é abdicar da liberdade. Entra-se ai no nível do “dar satisfação” ou, se quisermos radicalizar na intelectualização, no nível da “performatividade”social [Vide Butler e Yúdice] ou da internalização de um habitus como ta bem demonstrou Pierre Bourdieu.
Nese contexto o final é bem previsível. Mas não vou dizer aqui.